terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O APOCALIPSE E A PRÁTICA INCONDICIONAL DO BEM

Durante os séculos que marcaram a história das
civilizações, a Terra vem sendo abençoada com a
presença de mensageiros, que têm sido enviados para dar
impulso ao progresso de todos os povos do planeta. O homem tem
aprendido muito ao longo desses milênios, e principalmente agora,
nos últimos anos, o desenvolvimento das ciências tem elevado o pensamento,
o conhecimento, a fronteiras até então inimaginadas. Em
todas as latitudes, tem-se presenciado a ação humana a fim de superar
fronteiras para a conquista do progresso.

Não obstante todos os avanços, o homem ainda não conseguiu erradicar
a guerra, nem mesmo logrou estabelecer a paz em si mesmo.
Trabalhou com partículas na intimidade do átomo, mas não conhece o
próprio íntimo. Atulha-se de aparatos tecnológicos, mas ainda convive
com a fome e a miséria, que atestam sua inferioridade.

É vítima de si mesmo:
em meio à competitividade, esquece-se de fomentar o cooperação,
que poderia auxiliá-lo a preencher o vazio interior, dando sentido
à existência. Nesta sede de conquistas puramente materiais,
nas lutas pelo domínio e pelo pretenso progresso, expõe-se ao perigo da
auto-exterminação. Como aconteceu no passado com outros povos,
corre o risco de acabar cedendo lugar, no grande palco planetário, a
outros povos, outra civilização, que poderia sobrevir à sua no cenário
evolutivo do mundo.

A angústia, os conflitos pessoais, os dramas milenares são novamente
vivenciados, levando o homem moderno a questio-namentos a
respeito da felicidade e do objetivo da vida, sem que ele se aperceba de
seu verdadeiro significado no contexto universal.
Embora quaisquer desafios, a embarcação planetária não está abandonada
à própria sorte. As mãos invisíveis de emissários do Alto estão
por detrás de todos os acontecimentos no cenário político e social de
vosso planeta, sob a orientação da mente cósmica de Jesus, que tudo
preside. O objetivo? Levar o homem terrestre a encontrar-se consigo
mesmo e a promover a transformação de si, para que o planeta encontre
a estabilidade e a elevação que caracterizarão a civilização do terceiro
milênio.

A paz jamais será alcançada apenas com tratados e acordos internacionais
— isso não é paz, é mero armistício. Paz implica cessar os conflitos,
abandonar a guerra. É necessário despertar a consciência para os
valores do espírito. O futuro pertence ao espírito e ao homem terreno; é
feito o convite para que ele se encontre, em meio ao aparente caos que
domina atualmente o cenário do mundo. Voltando-se para dentro de si,
desenvolvendo os valores íntimos, estará o homem apto a empreendimentos
objetivos. Mas é preciso que o homem se modifique.

O Apocalipse é um alerta à humanidade terrícola, para que refaça
seus valores e posicionamentos ante a vida e se integre definitivamente
ao concerto universal, elevando o hino da fraternidade como marca e
lema de uma nova raça de homens.

Nas terras do Evangelho, um poder bestial se estrutura lentamente,
subindo do abismo das realizações humanas no campo religioso
e assumindo o domínio de consciências. Esse poder mostra-se como
um Cordeiro, mas expele chamas como um dragão; fala de Jesus, mas
alimenta o anticristo. Enquanto isso, como no silêncio de um sacrário,
a obra do Consolador prossegue sobre a Terra, preparando as almas
para a emancipação espiritual, para um reino de amor e uma era de
paz.

Breve vereis a Terra sendo liberada das chagas morais que a caracterizaram
por séculos, para ascender na hierarquia dos mundos.

Os filhos da Terra são convidados a modificar a situação atual de
seu mundo, começando pelo mundo íntimo e ampliando a renovação
em torno de si. A doutrina espírita apresenta a proposta renovadora da
vivência plena do amor, do despertamento das potências adormecidas
da alma, da plenificação do ser pela elevação do padrão vibratório, que
se dá pela prática incondicional do bem.

do livro: Apocalipse - Robson Pineiro

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